Adentramos no vasto mundo da teoria musical aplicada ao violão. Seja você um músico iniciante ou alguém em busca de aprofundar seus conhecimentos musicais, este guia é uma fonte valiosa de aprendizado.
A teoria musical é como um idioma que nos ajuda a compreender a estrutura e a essência por trás das melodias que tanto nos encantam. Nos parágrafos seguintes, exploraremos os conceitos fundamentais da teoria musical de forma simples e acessível.
Aprenderemos sobre notas, escalas, acordes e ritmo, construindo uma base sólida para o seu desenvolvimento musical. Vamos mergulhar nesse universo fascinante e desvendar os mistérios que a teoria musical nos reserva.
O que é Teoria Musical
Antes de saber como funciona a teoria musical, é importante entender o que é o estudo musical teórico. De modo geral, teoria musical, ou teoria da música, é um conjunto de normas e sistemas destinado a analisar, classificar, compreender, compor e se comunicar acerca da música.
Na prática, ela representa a descrição de todos os elementos musicais e a relação entre a performance prática e a simbologia musical. Sendo assim, é possível afirmar que a teoria musical funciona de forma ambígua, sendo tanto algo descritivo como perceptivo.
E no final de contas, sua principal característica é facilitar a comunicação entre todos os músicos do mundo através de um sistema único.
Por exemplo: a partir da leitura dos elementos simbólicos que se estabelecem graficamente em uma partitura, diferentes músicos podem decodificar os elementos da música e reproduzi-la usando a voz ou instrumentos como o violão, piano etc.
As Notas Musicais
Na nossa primeira sessão, vamos nos aprofundar nas notas musicais. É provável que você já tenha ouvido falar delas, mas não se preocupe se não as conhece completamente. Muitos dos meus alunos começaram do zero, sem nenhum conhecimento musical prévio.
Na música, temos um conjunto de sete notas principais, conhecidas como as “Sete Notas Naturais”:
Dó
Ré
Mi
Fá
Sol
Lá
Si
Essas notas foram nomeadas por um monge italiano por volta do século X. Elas são chamadas de “notas naturais” porque não possuem acidentes musicais (esses serão abordados em nossa terceira aula).
É fundamental que você aprenda e memorize essas sete notas, pois elas servirão de base para todo o resto do nosso curso. Elas são os fundamentos essenciais para entender acidentes, escalas, campos harmônicos, modos e tudo mais relacionado à música.
Intervalos
Na nossa segunda aula, vamos abordar os intervalos musicais. Assim como existem intervalos de tempo entre eventos na vida (como segundos, minutos, horas, dias) e intervalos de espaço entre lugares
geográficos (como centímetros, metros, quilômetros), na música, também há intervalos entre uma nota e outra, conhecidos como intervalos tonais.
Pense nos intervalos musicais da seguinte maneira: se estivéssemos medindo distâncias, poderíamos usar centímetros ou metros, pois a distância entre dois pontos geográficos é medida por essas unidades.
Da mesma forma, na música, os intervalos entre notas não são medidos em unidades de distância, mas sim em unidades sonoras, chamadas de intervalos tonais, já que a unidade de medida musical é em tons.
Quando você toca a nota Dó e, em seguida, a nota Ré, você dá um salto de um intervalo de um tom. Se tocar a nota Ré e, em seguida, a nota Mi, avança mais um intervalo de um tom, e assim por diante.
Conforme você sobe para a próxima nota, estará elevando um tom em relação à anterior, tornando a nota um tom mais aguda.
Porém, é importante notar que nem todas as notas têm um intervalo exato de um tom até a próxima. Entre as notas Mi > Fá e Si > Dó, há apenas meio tom, ou seja, um semitom.
Para facilitar a memorização, lembre-se de que as notas Mi e Si são exceções e têm apenas meio tom de intervalo com a nota seguinte. Entre todas as outras notas naturais, o intervalo é de um tom.
Para reforçar o aprendizado, gostaria de introduzir minha primeira mnemônica: “Entre cada uma das notas naturais, há um intervalo de um tom, exceto nas notas que acabam com a letra ‘i’ (Mi e Si), pois entre elas e a nota seguinte, há apenas meio-tom.”
Com esse detalhe em mente, será mais fácil memorizar os intervalos musicais.